A parceria entre Ayrton Senna, McLaren e a Honda ficou registrada como uma das maiores da história da F-1 e teve seu último grande triunfo no GP da Itália de 1992, há 25 anos, quando o brasileiro venceu em Monza pela segunda vez na carreira.

Essa parceria de sucesso começou com uma pole position no GP do Brasil de 1988 e a primeira vitória veio logo na corrida seguinte, em San Marino, também na Itália. Os números de sucesso nessa ligação entre piloto brasileiro, time inglês e motor japonês são impressionantes: 80 Grandes Prêmios, 30 vitórias, 45 poles positions, 48 pódios e 3 títulos mundiais em 5 temporadas disputadas.

A relação de Senna com a Honda começou já em 1987, quando o piloto ainda estava na Lotus e a equipe substituiu os motores Renault pelos da Honda para iniciar a temporada. A admiração dos japoneses pelo trabalho, técnica e dedicação do piloto fizeram com que Senna fosse visto como uma espécie de samurai, um guerreiro muito respeitado na cultura japonesa.

Quem explicou um pouco dessa veneração dos japoneses por Senna foi o jornalista Luciano Tsuda, que mora no Japão e foi um dos nossos convidados do Senna TV em 2016.

Outro fator importante e também curioso para essa parceria ter conquistado três continentes diferentes foi justamente o fato dos três títulos mundiais de Senna terem sido sacramentados no Japão (1988, 1990 e 1991), em Suzuka.

Mesmo após a Honda ter saído da equipe McLaren no final de 1992, Senna ainda conseguiu vencer o GP do Japão em 1993 com o motor Ford e foi ovacionado no autódromo pela sua 40ª vitória na carreira.

Na Inglaterra, país apaixonado por automobilismo, Senna começou a ser conhecido bem antes. Em 1981, o brasileiro foi morar no país para iniciar sua carreira nos monopostos, mais precisamente na Fórmula Ford.

Após conquistar os títulos da Fórmula Ford 1600, FF 2000 e Fórmula 3, além de ter estabelecido recordes históricos nessas categorias, Senna chegou na F-1 pela Toleman, equipe britânica que ofereceu uma vaga para o brasileiro para iniciar a temporada de 1984. A partir daí, Senna competiu apenas em equipes inglesas na F-1 e seu sucesso contagiou brasileiros, britânicos, japoneses e fãs de diversos países ao redor do mundo.