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Em seu primeiro ano na Fórmula 1, Ayrton Senna conseguiu grandes resultados na Toleman que o ajudaram a conquistar uma vaga em um time mais competitivo, como a Lotus, com o qual competiu entre 1985 e 1987. Em 1984, o piloto brasileiro de 24 anos ainda era um estreante não apenas na categoria, mas também no ambiente luxuoso e de regalias da principal categoria do automobilismo mundial.

Na reportagem de agosto de 1984 da Revista Quatro Rodas, “Ayrton Senna: Garra de Campeão”, o jornalista Wagner Gonzales conta sobre como eram os momentos do piloto fora das pistas, quando Senna ainda descobria muitas novidades e particularidades daquele meio desgastante, porém prazeroso.

Morando na Inglaterra, em Reading, cidade que fica a oeste de Londres, Senna passava parte dos dias em que não tinha treinos e corridas em um ambiente solitário, longe da família e do Brasil, sempre se preparando fisicamente e psicologicamente para o ambiente de pressão da F-1.

O piloto sonhava com vitórias, títulos mundiais e até com uma região mais confortável e de mais entretenimento para morar, assim como as principais estrelas do grid faziam. Mônaco era o local ideal para ele: “Lá se come bem, tem praia e clima quente. Que mais você quer?”, disse o piloto da Toleman na reportagem.

Apesar do frio ambiente inglês, Senna não passava muito tempo em casa. Na época, a F-1 realizava muito mais testes durante a temporada do que acontece nos dias atuais, por isso o piloto estava constantemente com a equipe para ajudar na evolução do carro. “Enquanto estou na pista, envolvido com meu trabalho, está tudo bem. Na hora em que chego no meu quarto e fico sozinho, aí sim é duro”, descreve Senna.

A reportagem da Revista Quatro Rodas ainda contou com uma análise do jornalista Claudio Carsughi, que acompanhou a carreira de todos os pilotos brasileiros que se tornaram campeões mundiais. Mesmo com Senna começando ainda sua carreira já F-1 (e já tinha conquistado dois pódios, em Mônaco e Brands Hatch), Carsughi já via um grande potencial em Senna para repetir os feitos de Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi.

“O astro nascente da Fórmula 1. Esta é minha definição para Ayrton Senna da Silva, um piloto vitorioso em todas as categorias que correu – do kart às fórmulas. E que pode ser comparado com Emerson Fittipaldi em sua primeira fase, com o mesmo arrojo baseado no raciocínio (e por isso mesmo não impulsivo), com a mesma já grande experiência, com o bom conhecimento da mecânica”, disse Carsughi.

Confira a matéria completa, que está armazenada no Memorial Ayrton Senna.