O dia 5 de novembro é conhecido internacionalmente como o Dia da Ciência, e é claro que o automobilismo ajuda e muito a desenvolver a tecnologia dos carros de rua. As décadas de 1980 e 1990, época das conquistas de Ayrton Senna na F-1, foram especialmente importantes neste quesito.

Uma das principais inovações daquelas anos foi o surgimento da suspensão ativa. Piloto da Lotus em 1987, Senna foi o primeiro a testar um carro com uma suspensão que se adaptava com o traçado conforme as ondulações do asfalto.

Apesar da tecnologia ter sido lançada na Lotus 99T, o carro daquela temporada possuía problemas aerodinâmicos e de chassi, o que dificultava a conquista de bons resultados para a dupla Ayrton Senna e Satoru Nakajima. O brasileiro conseguiu vencer duas vezes em 1987 (Mônaco e Detroit) e ainda fez uma pole position (San Marino).

A suspensão ativa acabou sendo o principal diferencial mesmo na temporada 1992, quando a Williams desenvolveu um carro que se tornou praticamente imbatível. Em 1994, quando Ayrton fechou contrato para correr pela Williams, a suspensão ativa foi banida do regulamento, juntamente com outras assistências eletrônicas.

Outra inovação que saiu dos autódromos para os carros de passeio foi o câmbio semiautomático. Ayrton, desta vez, não teve o privilégio de ser o primeiro a testar o equipamento com essa tecnologia. Mesmo com a Ferrari implementando esse sistema em 1989, a McLaren, equipe de Ayrton na época, somente foi utilizar o sistema de “paddle shift” (borboletas atrás do volante) regularmente na temporada de 1992. Hoje, esta inovação está presente em muitos carros de rua – e não mais restrito a alguns luxuosos esportivos.

Entre as temporadas de 1989 e 1991, Ayrton sabia que essa era uma desvantagem para ele, principalmente na pista de Mônaco, onde os pilotos costumam trocar mais de 50 vezes as marchas em uma volta.